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Economia criativa também pode ser investimento

Economia criativa também pode ser investimento

Já falamos por aqui sobre os ativos alternativos, que chegaram para complementar a prateleira, tornando mais tangível o universo dos investimentos que por muito tempo esteve limitado às siglas tradicionais, como FIDC, CRA, CRI, CCB, LCA, LCI, FII e outras. Mas, se dissermos que mais do que prédios, startups, franquias, plantações ou rebanhos, diversificar a carteira com ativos alternativos também pode significar investir em festivais de música, lançamento de jogos, séries de streaming, publicação de livros e novos projetos daquele youtuber que está em alta? Sim, isso é possível e chamado de investimento em economia criativa, uma categoria de ativos que você ainda vai ouvir falar muito nos próximos anos.

O que é economia criativa?

Antes de falarmos sobre os investimentos desse tipo, é importante contextualizar o que é a economia criativa. O precursor do termo foi John Howkins, em seu livro “The Creative Economy: How People Make Money From Ideas”, em português “Economia Criativa – Como Ganhar Dinheiro com Ideias Criativas”, que foi publicado em 2001. Para o consultor britânico, a criatividade e a economia não são novidade, mas sim a natureza da relação entre elas. Ao contrário da tradicional, a economia criativa baseia-se no uso da inovação e inventividade com o objetivo de potencializar e agregar valor a ideias e soluções, ou seja, a matéria-prima para o desenvolvimento de um produto, atividade ou serviço depende exclusivamente de capital intelectual e cultural, já que são eles que movem a indústria da criatividade.

Está pensando em aplicações práticas para essa teoria? Pois saiba que, talvez você possa até não perceber, mas está rodeado por produtos da economia criativa. Ela nos acompanha diariamente, do podcast que ouvimos durante a atividade física até a série que maratonamos à noite ou games que passamos horas jogando aos fins de semana, nas músicas do cantor ou banda que não saem do fone de ouvido, na nova coleção da marca de roupas favorita, na peça de teatro que acaba de entrar em cartaz, no curso online e até na gastronomia.

Para se ter uma ideia do tamanho desse segmento, dados de um levantamento feito pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI), núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontam que um milhão de novos empregos serão gerados pela economia criativa até 2030, elevando, em consequência, a atual participação de 3,11% do setor no Produto Interno Bruto (PIB). A expectativa é que um a cada quatro novos empregos criados nos próximos anos seja ligado ao setor.

A economia criativa emprega 7,4 milhões de trabalhadores no Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o 4º trimestre de 2022. O volume pode subir para 8,4 milhões em 2030.

Quais são os pilares da economia criativa?

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Investimento em economia criativa

Investir em economia criativa já é uma realidade no Brasil desde 2021, com a criação da DIVI•hub. Acelerada na San Jose State University, considerada a startup mais promissora pela Amazon e HubSpot em 2019 e uma das finalistas brasileiras do prêmio global de inovação da KPMG em 2022, a empresa nasceu com a proposta de passion investment, permitindo que pessoas possam investir naquilo que gostam e consomem.

Em vez de propor ativos tradicionais do mercado financeiro, a ideia é que fãs invistam em seus criadores de conteúdo favoritos ou negócios inovadores em que acreditam, financiando novos projetos, e, em troca, recebam parte dos lucros ou receitas geradas por eles. Um ciclo virtuoso é criado a partir disso, pois quem já consumia por gostar do criador ou negócio passa a ter ainda mais vontade de acompanhar, engajar e compartilhar, já que, no final das contas, também fará parte do sucesso, tendo retorno financeiro com isso.

A DIVI•hub, que atua sob a Resolução CVM 88/2022, lançou vários projetos ligados a entretenimento e criadores de conteúdo, como Ultimate Drift (campeonato de drift mais importante do país), Noites Cariocas (importante festival brasileiro de música) e Love Cabaret (casa noturna localizada no antigo imóvel da icônica boate Love Story, liderada por Facundo Guerra), batendo recordes importantes, como a de rodada mais rápida (R$ 1 milhão em 42 minutos), rodada com mais investidores (1.600 pessoas) e com maior diferença de valores de aportes (R$ 10 a R$ 150 mil).

Oportunidade para novas empresas

DIVI•hub teve como papel ser uma versão beta de um projeto ainda maior. Agora chamada de Divify, tem como objetivo permitir que empresas de todos os setores possam originar as próprias ofertas públicas, captando recursos para vários negócios e recebendo por isso. Isso quer dizer que empresas podem atuar da mesma maneira que DIVI•hub, captando recursos em sua própria plataforma para outros negócios, sejam eles da economia criativa, impacto socioambiental, agronegócio, imobiliárias, franqueadoras, factorings, startups ou qualquer outro setor, e recebendo comissões pelos investimentos realizados e ofertas que encerram com sucesso. A originação e gestão dessas ofertas acontece de forma muito prática, em um ambiente intuitivo, automatizado e seguro. E o melhor: sem a necessidade de intermediários ou registro próprio na CVM.

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